O mundo dos investimentos está tão moderno e diversificado que hoje, cada vez mais, se ouve falar dos tais investimentos alternativos, que era uma expressão proibida, ao menos para a carteira das pessoas físicas tradicionais e com pouco dinheiro para investir. São fundos de private equity, infraestrutura, investimento imobiliário e alguns tipos de produtos de crédito privado que vêm crescendo rapidamente, não apenas em mercados mais maduros, como o norte-americano. Aqui no Brasil esse movimento também começa a se intensificar.

Há aproximadamente dez anos esse investimento era limitado a poucas pessoas. Boa parte delas era de estrangeiros. De lá para cá, a oferta de produtos alternativos começou a chamar a atenção dos investidores. “A procura é cada vez maior, diz Raphael Vieira, responsável pelas ações de Investimentos Alternativos da Arton Advisors.

Segundo ele, apesar de o brasileiro, historicamente, priorizar a liquidez, esses fundos devem apresentar grande crescimento em razão da rentabilidade. O prazo desses ativos fica entre oito e dez anos. “Muitos clientes optam pela renda fixa tradicional, por exemplo, porque não aguentam esperar e nem podem mexer no montante. O que nós falamos é que o melhor é investir os recursos que são reserva. Os retornos valem a pena”, afirma Vieira. Ele detalha que a rentabilidade depende muito do setor. No mundo do venture capital, é possível ter mais de 50% ao ano de retorno. Já no private equity, entre 30% e 35% anualmente.

Grande parte desses ativos estão disponíveis para o investidor profissional, com mais de R$ 10 milhões em ativos financeiros – não são para o público em geral. Mas alguns fundos já estão abrindo para o pequeno investidor, com valor mínimo de R$ 25 mil.

Vieira diz que a carteira da Arton tem R$ 220 milhões em investimentos alternativos. E a expectativa é de que apresente crescimento de até 15% ao ano.