O IBGE divulgou que o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,48% em setembro, após uma queda de –0,14% em agosto. Esse resultado surpreendeu o mercado e aumenta a pressão sobre o Banco Central para manter a Selic em patamares elevados.
A seguir, vamos entender o que puxou a inflação para cima, quais os efeitos sobre diferentes setores e como o investidor pode proteger sua carteira em um ambiente inflacionário.
Alta de 0,48% em setembro.
No acumulado em 12 meses, o índice chega a 5,32%.
Energia elétrica residencial subiu 12,17% devido à bandeira vermelha.
Alimentação teve queda de –0,35%, ajudando a conter a alta geral.
Contexto histórico
Nos últimos anos, a inflação brasileira mostrou forte volatilidade, com quedas abruptas seguidas de retomada. O resultado de setembro reforça a percepção de que a luta contra a inflação está longe de terminar. Comparando com setembro de 2024 (0,13%), vemos uma pressão muito mais intensa em 2025.
Impactos sobre investimentos
Renda fixa indexada ao IPCA: ganha atratividade, já que oferece proteção real.
Prefixados: risco de perda de valor se o mercado precificar inflação mais alta.
Bolsa: setores de energia elétrica, saneamento e saúde, que conseguem repassar custos, tendem a resistir melhor. Varejo e serviços sofrem mais.
Câmbio: inflação pressionada pode fragilizar o real, favorecendo ativos dolarizados.
Estratégias práticas
Conservador: alocar maior parte em Tesouro IPCA+.
Moderado: diversificar entre prefixados curtos e títulos atrelados ao IPCA.
Arrojado: buscar ações de empresas com forte poder de repasse de preços e fundos dolarizados como hedge.
Conclusão
A surpresa inflacionária reforça a necessidade de proteção. Investidores que já possuem ativos indexados à inflação estão em posição privilegiada. Para os demais, é hora de reavaliar a carteira e garantir instrumentos que preservem poder de compra.