03/12/2020
Pela manhã, o IBGE divulgou que o PIB do Brasil cresceu 7,7% entre julho e setembro, ante os três meses anteriores, abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Valor Data, de 8,8%
O crescimento abaixo do esperado na atividade brasileira no terceiro trimestre, limitada pelo desempenho do setor de serviços, demonstra que uma recuperação em forma de “K”, e não de “V”, parece estar em andamento, “aumentando os temores de que uma recuperação desigual também possa ter um impacto desigual no setor privado e na distribuição de renda daqui para frente”, afirma a Guide Investimentos em relatório.

Pela manhã, o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 7,7% entre julho e setembro, ante os três meses anteriores, abaixo da mediana das estimativas de consultorias e instituições financeiras coletadas pelo Valor Data, de 8,8%.
“O crescimento do terceiro trimestre decepcionou devido ao setor de serviços mais fraco do que o esperado”, diz a Guide, em referência à alta de 6,3% — o Valor Data indicava avanço de 7%. “Tal recuperação parcial era esperada, diante das medidas de distanciamento social ainda em curso, mas foi mais pronunciada do que o esperado e levanta preocupações sobre os impactos duradouros das pandemias no setor.”
A continuação de uma recuperação “tão desigual”, diz a Guide, pode ter implicações nas “políticas voltadas para os que ficaram para trás ao longo da recuperação”, abrindo espaço para o fortalecimento dessas medidas e potencial impacto fiscal . “Consideramos importante monitorar a implicação potencial disso no debate sobre política fiscal mais adiante”, afirma o relatório.
A Guide projeta queda de 5,1% para o PIB neste ano. “Continuamos céticos quanto ao tipo de recuperação em forma de ‘V’ total e acreditamos que o crescimento de 2021 deve ficar na faixa de 2-2,5%, o que manteria o PIB cerca de 2,9% abaixo de 2019.”
Fonte: Valor Investe