01/09/2021
Embora a renda fixa tenha perdido pequena participação na composição da carteira, a classe segue na liderança.
O setor de gestão de patrimônio fechou o primeiro semestre com R$ 281,3 bilhões sob administração, um crescimento de 8,3% em relação a dezembro de 2020. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 71,7% dos recursos, o equivalente a R$ 201,8 bilhões, estavam em fundos de investimentos, uma alta de 10,4% no ano até junho. Já as carteiras administradas tinham 28,3% do bolo, com R$ 79,5 bilhões.
A renda variável foi o destaque do semestre: o volume financeiro aplicado subiu 8,9%, chegando a R$ 77,8 bilhões – o que corresponde a 27,6% do portfólio. Embora a renda fixa tenha perdido pequena participação na composição da carteira – passou de 37,4%, em dezembro, para 36,6% em junho deste ano -, a classe segue na liderança, com R$ 102,9 bilhões, um incremento de 6% entre janeiro e junho.
Os fundos estruturados ganharam relevância. Os volumes alocados em Fundos de Investimento em Participações (FIP) e fundos imobiliários passaram de R$ 21,8 bilhões em dezembro para R$ 24,4 bilhões em junho, uma variação de 12,3%.

A previdência também mostrou crescimento acentuado de volume, com alta de 21,2% desde dezembro, a R$ 6,5 bilhões. A classe ainda ocupa um percentual pequeno no portfólio dos investidores, com 2,3% de participação.
O volume financeiro sob gestão cresceu em todas as regiões do país, sendo que o Sudeste concentra 84,7% dos recursos. No semestre, a participação de São Paulo no total nacional diminuiu de 62,5% para 61,6%, enquanto a de Minas Gerais e Espírito Santo subiu de 6,1% para 7,8%. Na região, apenas o Rio de Janeiro se manteve estável, oscilando de 15,6% para 15,3%.
Em número de grupos econômicos, o Sudeste também tem a maior parte, com 71,8% do total de riqueza administrado pelos serviços de gestão de patrimônio. O total de famílias aumentou 7,5% no período, para 23.617 em junho de 2021.
As estatísticas de gestão de patrimônio são divulgadas semestralmente e têm como base um total de 90 instituições que seguem as regras do capítulo de Gestão de Patrimônio do Código de Administração de Recursos de Terceiros.
BY ALEXSANDER QUEIROZ SILVA
Fonte: Valor Investe