07/08/2020
Isenção do IOF, no início de abril, tornou as operações mais vantajosas
A posição de crédito no private banking chegou a R$ 47,8 bilhões ao fim de junho, com alta de 18,8% no primeiro semestre e de 33,5% na comparação anual. A fatia que mais cresceu de janeiro a junho foi a do capital de giro (56,6%), a R$ 7,1 bilhões, mais do que dobrando o volume observado ao fim do primeiro semestre de 2019. Os dados são da Anbima.
Segundo José Ramos Rocha, presidente do fórum de distribuição da entidade, a demanda foi associada ao que ocorreu nas grandes corporações como reflexo da covid-19.

Nas duas semanas que vieram na sequência da decretação da pandemia, em meados de março, as empresas fortaleceram seus caixas, tomaram seus limites e até recorreram aos recursos de holdings familiares para enfrentar o que viria pela frente.
A isenção do IOF no crédito no início de abril tornou as operações ainda mais vantajosas, disse o executivo, em especial no agronegócio, que vem dando suporte para atividade econômica. “O cliente do private vê o setor aquecido e toma crédito rural, CPR, reinveste no negócio e gera riqueza que depois volta para investimentos.”
A procura tem se concentrado em operações de curto prazo e a exclusão de 1,5% do IOF tem peso representativo. Considerando-se o custo do dinheiro mais um spread, o cliente do private banking consegue se financiar com taxas na casa dos 5% ao ano, ante algo perto de 6,5% com o tributo, cita. É um nível comparável também ao do segmento corporativo.
“Para cliente que tem visão de negócio – e na prática o dinheiro de terceiros é mais barato que o próprio – ele aproveita a oportunidade os ativos caem de valor e os empresários aumentam a participação em empresas, compram imóveis.”
Fonte: Valor Investe