05/10/2020
Segundo o presidente do Banco Central, a busca pelo equilíbrio das contas públicas pode diminuir a inclinação da curva longa de juros
A credibilidade fiscal é o que pode fazer a diferença para a retomada da economia no médio prazo, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Segundo ele, a busca pelo equilíbrio das contas públicas pode diminuir a inclinação da curva longa de juros, o que traria investimentos para o país.

“O Brasil não gira na Selic, o Brasil gira na credibilidade”, disse no 8º Fórum Liberdade e Democracia, do Instituto Líderes do Amanhã.
No evento, Campos destacou que os programas implantados pelo governo na pandemia mais do que compensaram a perda salarial durante o período, o que gerou uma “poupança circunstancial”. “Temos visto que grande parte é poupança circunstancial, é dinheiro que vai voltar para a economia”, afirmou. Isso, segundo ele, deve dar algum impulso para a atividade no curto prazo.
O presidente também reforçou que o BC considera que a alta recente da inflação no país “é pontual”.
Fonte: Valor Investe