09/11/2020

A média dos 80 balanços publicados até agora é de aumento de 10% na receita, 37% no lucro operacional e 11% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado

A safra de balanços entrou na reta final nesta semana e até agora o saldo é muito positivo, levando-se em conta os efeitos das medidas de isolamento social sobre as operações das empresas.

Com duas semanas e 80 demonstrações publicadas (sem considerar os balanços das empresas do mesmo grupo), o cômputo geral é um aumento de 10% na receita, 37% no lucro operacional e 11% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado.

Se excluirmos as duas maiores da amostra, Petrobras e Vale, — a primeira com prejuízo de R$ 1,5 bilhão e a segunda, lucro de R$ 15 bilhões —, a receita pouco muda, o lucro operacional sobe menos, 17%, mas o lucro líquido avança quase 60%.

Foram 12 empresas (Petrobras e Vale incluídas) com prejuízo operacional, 15% da amostra, e 17 com prejuízo líquido, 21%. Uma empresa reverteu o prejuízo operacional neste ano, e nove fecharam a última linha no azul, comparado a uma perda no ano passado. Sete empresas passaram de lucro operacional para prejuízo — Lojas Renner, Marcopolo e Iochpe-Maxion entre elas — e cinco de lucro líquido para prejuízo.

Os setores mais representados na amostra, em número de empresas, são elétrico (8), varejo (7), serviços imobiliários — administradoras de shoppings, na maioria — (6), transportes (5) e telecom (4).

As cinco maiores empresas por receita são Petrobras, Vale, Grupo Pão de Açúcar, Ultrapar e Ambev.

A safra continua depois do fechamento da bolsa com os números de BRF, Direcional, Itaúsa, Linx, Magazine Luiza, Marisa Lojas, Positivo, São Martinho Technos, Vulcabras e Yduqs.

Fonte: Valor Investe