Contrariando as expectativas de recuperação com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de presidente da República, a Cogna (COGN3) acumula uma desvalorização de aproximadamente 35% desde o resultado do segundo turno das eleições.

Em geral, as ações da “cesta Lula” estão sofrendo ao longo das últimas semanas, com o mercado repercutindo os últimos anúncios do novo governo (PEC da Transição, formação das equipes ministeriais, composição da equipe econômica).

Educação e construção civil, especialmente, eram cotados por analistas como os setores que mais poderiam se beneficiar com a volta de Lula no governo.

O mercado chegou a precificar a possibilidade de o petista ganhar a corrida presencial, uma vez que Lula aparecia liderando as pesquisas eleitorais de intenções de votos.

A expectativa sobre as construtoras se concentra nas empresas com maior exposição ao segmento de baixa renda, visto que elas seriam as mais beneficiadas com a retomada do Minha Casa, Minha Vida, uma das indicações do programa de Lula.

Já o desempenho das empresas educacionais reflete a perspectiva de maiores investimentos nos programas Fies e ProUni durante o governo Lula.

Queda é oportunidade?

A WIT Asset vê oportunidade na Cogna. Felipe Simões, diretor da gestora de recursos, destaca que o setor educacional ainda não se beneficiou com a eleição de Lula.

“Qualquer volta de subsídios governamentais para o setor será extremamente benéfica para as empresas”, defende.

Simões acrescenta ainda que a Cogna é negociada em um nível de valuation “bastante atrativo” em relação aos pares.

Além de Cogna, a WIT destaca mais quatro oportunidades para aproveitar antes da virada do ano: