21/08/2020
Ibovespa próximo dos níveis pré-crise implica diminuição de descontos nos preços de ações, mas garimpagem de gestores e analistas mostra que ainda há boas oportunidades no mercado nacional
Na pandemia, a bolsa brasileira está entre as que mais se valorizou no mundo (logo após ter sido a que mais apanhou) desde o início do rali que tomou conta dos mercados.
Dos 115.645 pontos, de onde deu a largada em 2020, ao piso de 23 de março, aos 63.570 pontos, o Ibovespa mergulhou 45%. De lá até o fechamento desta quinta-feira (20), o índice já decolou 60%, aos 101.468 pontos, nas proximidades dos níveis pré-pandemia.
As razões para a decolada você conhece. A principal delas, a meta dos juros básicos (Selic) ter sido levada aos 2% ao ano, e, se as contas públicas ajudarem, quem sabe caindo mais daqui um tempo.
Além da fuga da renda fixa, entre os trancos e barrancos da maior crise mundial desde a década de 1930, gastos públicos têm ajudado a trazer dados de recuperação melhores do que o esperado, aqui e lá fora. E, nesse meio tempo, notícias sobre vacinas e outros estímulos cogitados por governos e bancos centrais deram esperanças de que o futuro será melhor para as empresas listadas.
A rápida retomada dos 100 mil pontos pelo Ibovespa — quem diria! — não deixa de ser bom sinal, apesar de já ter ficado para trás. No entanto, gestores e analistas apontam que a bolsa brasileira começou a ficar cara.
Ou seja, se você está sonhando em surfar numa onda que já bateu na praia, é hora de redobrar o cuidado em busca de pechinchas.

O Morgan Stanley, dos maiores bancos de investimentos do mundo, defende essa tese do encarecimento da renda variável brasileira. Victor Arakaki, principal executivo da área de gestão de recursos da companhia no país, afirma que os múltiplos (medida para entender se o preço de uma ação está descolado do valor de mercado) das principais companhias na B3 estão tão altos quanto nos Estados Unidos, em uma matéria da repórter do Valor Adriana Cotias.
No intervalo de pouco mais de uma década, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 9 vezes a sua relação preço/lucro (o P/L, uma medida para avaliar se a bolsa está cara ou não) a quase 18 vezes, o nível que ronda atualmente. “O preço subiu e a expectativa de lucros vem caindo, isso tem o efeito de inflar o múltiplo”, diz Arakaki. “Em algum momento deve ter um ajuste.”
Trocando em miúdos, ou o resultado das empresas volta a subir ou as cotações vão convergir para métricas mais realistas. “Parece que não está barato pela ótica histórica dos múltiplos”, diz o executivo do Morgan Stanley.
Mas se a bolsa está cara e os juros baixos derrubam rendimentos da renda fixa, para onde correr? Cri-cri-cri… Pois é, sabe-se lá. “Por enquanto, o movimento veio para ficar”, afirma Renato Ometto, gestor de renda variável da Mauá Capital.
Em julho, a B3 alcançou 2,8 milhões de investidores pessoas físicas e esse número cresce mês a mês. Segundo Ometto, o mercado vai sofrer consequências com tantos pequenos investidores começando a investir agora.
O gestor da Mauá teme a formação de mini-bolhas, com tanta gente correndo para as empresas da moda, as “historinhas da vez”. “Mas é uma trajetória que não tem muita volta, independentemente da bolsa estar cara ou barata”, diz.
Ometto alerta que o Ibovespa nos 100 mil pontos não significa calmaria pela frente. Ele vislumbra um restante de ano difícil para as companhias. Mas, por outro lado, apesar dos lucros menores ou mesmo prejuízos expostos na temporada de balanços, a resiliência das companhias na crise tem sido um destaque. E isso sugere, talvez, desempenho melhor no ano que vem.
“Poderíamos dizer que a bolsa está com múltiplos caros, porém, se você for seletivo, continua tendo oportunidades”, diz o gestor.
As “réguas” usadas pela Cardinal Partners para medir se ainda tem algo barato na bolsa passam pelas teses abraçadas pela casa de gestão nos últimos meses.
O sócio-gestor Marcelo Audi destaca três entre as estratégias usadas por ele nesse processo de caça por descontos:
- A expectativa por um processo acelerado de consolidação do mercado que ainda não veio, com empresas ganhando mercado de outros que quebrarem pelo caminho, ou mesmo comprando companhias em dificuldades;
- Procurar por ações de empresas que mais serão beneficiadas pela redução de custos trazidas pelo home office, o que ainda não está devidamente incorporado aos preços de papéis;
- E companhias cujos setores econômicos passaram por grande aumento de penetração entre consumidores, por hábitos criados na quarentena que tendem a não ir mais embora quando tudo isto que estamos vivendo passar (e vai passar!).
Já para a analista de renda variável da Spiti, Cristiane Fensterseifer, um exercício principal tem sido estudar os números das empresas antes do vendaval pelo qual estão passando.
“Claro que não garante nada, as opções mais baratas hoje são de muito mais risco do que eram há poucos meses”, diz. Feito esse alerta, Fensterseifer pondera que, se o tal do “novo normal” não será a retomada da vida exatamente como era, algumas coisas certamente não vão mudar.
Avaliar quais hábitos de consumo tendem a ser retomados, beneficiando eventualmente as raras ações cujos preços seguem longe do pré-crise, diz ela, tende a ser uma tática acertada. Mas não para agora, e sem enfrentar as adversidades de curto e médio prazo da crise.
Neste momento, de acordo com Fensterseifer, investir em ações que ainda podem estar baratas (repare bem no “podem”, afinal de contas, o preço antigo pode nunca mais voltar) é para quem tem os nervos no lugar.
Ou, preferencialmente, para quem não tem mania de ficar todo dia olhando o sobe e desce da ação. É para comprar, reavaliar eventualmente a carteira, mas deixar a ação lá de canto, para quando a poeira da crise baixar, quem sabe, a ação entregar ao dono o que dela se espera.
ParaÁlvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais, a janela para busca por descontos também parece mais fechada. Mas pela fresta, em análise na mesma linha de Fensterseifer, ainda vislumbra empresas cujas receitas e preços de ações ainda não se recuperaram. Mas que, quando a recuperação chegar, tendem a se beneficiar mais fortemente do que quem já deixou o pior para trás.
O que está barato
Consumo
Shoppings são os patinhos feios da bolsa e estão super baratos, de acordo com gestores e analistas.
Ninguém sabe muito bem quando vai ser possível voltar a frequentar praças de alimentação e cinemas e por quanto tempo as lojas conseguirão pagar os aluguéis. No entanto, passear e fazer compras em um lugar seguro ainda voltará será valioso para brasileiros. Além disso, grandes lojas dificilmente deixarão de pagar seus aluguéis.
As ações de shoppings preferidas de Ometto, da Mauá Capital, são da Aliansce e da Multiplan. Já Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos, vê com bons olhos o Iguatemi.
Bandeira, do Modalmais, chama a atenção das ações da farmacêutica Raia e do Grupo Pão de Açúcar. “São ações que caíram de preço, enquanto o movimento de consumo não foi tão afetado, então tendem a se recuperar na bolsa”, diz.
Bancos
As ações de bancos também seguem descontadas na bolsa, e são boa opção para quem tem visão de longo prazo e gosta de papéis que pagam dividendos. As cinco ações de bancões que integram o Ibovespa – Banco do Brasil; Bradesco; Itaú Unibanco; sua holdind controladora, a Itaúsa; e Santander Brasil – operam com um múltiplo preço/lucro abaixo da média histórica.
Apesar do preço descontado das ações, esses quase 20% de carteira teórica devem continuar sendo um entrave para o Ibovespa alçar voos mais altos.
A queda da renda das famílias e o esperado aumento de endividamento e inadimplência são riscos elevados. Além disso, Congresso, governo e Banco Central têm defendido andar na direção de aumentar a concorrência do segmento.
No longo prazo, porém, bancos são o motor da economia, e suas ações tendem a andar junto ao ritmo de recuperação. Concedem crédito e outros serviços financeiros para as pessoas e empresas usarem. E mesmo com a evolução das fintechs, as startups de serviços financeiros, bancões estão com pés firmes na digitalização.
Audi, da Cardinal, vê com bons olhos o banco com maior participação na carteira do Ibovespa, de 7%. “Temos alocação relevante em Itaú Unibanco, tem estratégia de excelente qualidade, foi muito prudente na crise fazendo provisões conservadoras, com eficiência de custo e muita força em receitas de serviços”, diz.
O Banco do Brasil, em termos de eficiência, e Banco Inter, pelo que tem oferecido e a oferecer no aumento do alcance de serviços digitais, são outros papéis preferidos de Audi no segmento. Cristiane Fensterseifer, da Spiti, igualmente aponta para o banco digital (Inter) como uma ação a se considerar entre as “baratas”, dado o crescimento esperado nos próximos anos.
Bradesco é o papel que tem o maior desconto em relação aos concorrentes, na avaliação Ometto, da Mauá Capital.
Indústria
A receita da indústria vem da velocidade das vendas. E essas empresas ainda não recuperaram os níveis pré-pandemia, apesar de terem divulgado resultados acima do esperado. Além disso, elas podem se beneficiar de um eventual programa do governo para incentivar a infraestrutura e acelerar a retomada do crescimento econômico, além de vendas de veículos acima do esperado.
Segundo Carvalho, da Toro, as indústrias ainda vão sofrer um impacto grande no faturamento. Mas é algo pontual. Ele gosta de dois grupos no setor industrial: o de siderúrgicas, especialmente Gerdau, e o de indústrias ligadas à produção de automóveis, especialmente Tupy.
Mineração
O raciocínio que faz da Vale um dos “papéis mais atrativos do mercado” para Audi, nos remete a 2019. Naquele ano, em 25 de janeiro, uma barragem rompida da companhia matou centenas de moradores da cidade de Brumadinho (MG).
“Por causa do desastre, a Vale reduziu sua produção para pouco mais mais de 300 milhões de toneladas de minério ao ano, e deve nos próximos tempos acelerar para a capacidade plena, de 400 milhões anuais“, diz Audi.
O oligopólio da empresa no setor, que permite que boa parte da fatia de consumo mundial vire dinheiro no seu caixa, há de ser considerado. Com os preços do minério no mundo sendo os que menos se abalaram na crise, e atualmente nas máximas históricas, a empresa só tem a ganhar. E nos próximos meses, caso as compras chineses sigam sendo ampliadas, tem a ganhar ainda mais.
“A Vale tem pela frente uma combinação de preços fortes do minério e câmbio desvalorizado, ou seja, é criação de valor na veia“, diz. A cada mês que passa, diz ele, vem uma criação de valor adicional desses fatores combinados. “É um risco baixíssimo de perda, por causa da natureza das operações da empresa.”
Outro ponto de atenção de Audi: a Vale retomará o pagamento de dividendos neste ano. “E pelos próximos três ou quatro anos, os volumes de pagamentos podem mais que dobrar“, diz.
Frigoríficos
Audi ainda vê grande potencial de crescimento para os papéis da JBS. “Pensava-se que a peste suína na China acabaria este ano, mas segue forte o fluxo de receitas vindos daí“, diz.
Além de toneladas e toneladas de porcos abatidos, que leva a China a intensificar a compra de bovinos, outro aspecto deve manter vivias as compras feitas por Pequim. O incremento de renda da população chinesa, apesar do solavanco deste crise, introduziu o consumo de carne bovina no hábito das famílias locais.
“Isso pega a JBS em cheio”, diz. “A estratégia da empresa é muito competitiva, tem diversificação de proteínas, bovina, suína e aves, e diversificação geográfica, atuando nos Estados Unidos, Brasil, Europa e Austrália.”
E como a qualquer exportadora, receber em dólares para trocar por reais, com o câmbio onde está, não tem sido nada mal para a JBS.
Aviação
A crise pegou em cheio o setor de turismo. Se ações como a das aéreas Gol e Azul caíram e não tem lá boas perspectivas no médio prazo, o mesmo talvez não possa ser dito sobre a Embraer.
Ainda que fazer reuniões de trabalho pelo Zoom tenha vindo para ficar, pelo aplicativo não dá para colocar o pé na areia, passar um fim de semana na serra, conhecer outros países…
Cristiane Fensterseifer, da Spiti, alerta para os movimentos de preços da companhia no pré e no pós-crise. Antes, com a venda de sua área comercial caminhando com a Boeing, os papéis da Embraer estavam na casa dos R$ 20. Com a crise e o negócio desfeito, foram a R$ 7 e de lá não saíram.
“No longo prazo, as pessoas vão continuar querendo viajar de avião nas férias, e mesmo que o fluxo de viagens seja menor do que era, ele seguirá existindo e a Embraer, tende a resistir à crise e retomar encomendas no longo prazo”, diz. “E quem comprar o papel, portanto, deve ter em mente fortes emoções ainda pelos próximos tempos”.
Construção e infraestrutura
O setor de construção é sempre o primeiro a entrar em crise e o último a sair. Mas há luz no fim do túnel, com taxas de juros mais atrativas para financiar.
“Percebemos um movimento interessante. As empresas focaram muito nas vendas digitais e as vendas caíram menos do que era esperado pelo mercado, com preços atrativos”, diz Carvalho, da Toro.
Ele prefere a Cyrela, que vende imóveis financiados pelo Minha Casa Minha Vida e imóveis para classe média e alta.
Entre as fazedoras de estradas do Brasil, Bandeira, do Modalmais, destaca CCR e Ecorodovias. “As duas não se recuperaram ainda de todas as perdas”, diz.
Vale, aqui, considerar o novo marco regulatório do saneamento. Companhias como a CCR já demonstraram interesse em estender seus tentáculos ao setor. E com ainda 50% dos brasileiros sem acesso a esgoto, quem conseguir entrar nesse jogo pode ganhar fatias de mercado importantes.
Varejo
O varejo já ficou com preços bastante elevados, refletindo os novos hábitos de consumo da população e a evolução dos canais de comércio on-line. O e-commerce está na moda, mas a tendência é continuar crescendo.
Uma das apostas preferidas e mais agressivas de Filipe Villegas, estrategista da Genial, é o setor de vestuário, principalmente empresas que têm conseguido fazer uma migração efetiva para o digital, como C&A e Centauro. Quem não quer comprar pijama e roupa de ginástica na quarentena?
“Foram empresas que tiveram aumento de downloads nos aplicativos e podem crescer muito nessa parte on-line. O mercado pode olhar com mais carinho pra elas”, recomenda Villegas.
De acordo com Audi, da Cardinal, os olhares dos investidores precisam estar voltados às marcas voltadas à baixa renda.
“Os pacotes de incentivo do governo criou um ganho de renda maior nas classes mais baixas que nas mais altas”, diz. “Em varejo, uma Marisa, mais bem posicionada na classe C, me parece ter mais a oferecer agora, por exemplo, que C&A e Renner, por causa dos auxílios emergenciais.”
Raciocínio semelhante, diz, serve para as ações do Burguer King Brasil. São papéis, de um lado, favorecidos pelo incremento de renda dos brasileiros mais pobres. De outro, pela maior aceitação, que tende a permanecer no pós-crise, aos serviços de entrega.
Bandeira, do Modalmais, chama a atenção das ações da farmacêutica Raia e do Grupo Pão de Açúcar. “São ações que caíram de preço, enquanto o movimento de consumo não foi tão afetado, então tendem a se recuperar na bolsa“, diz.
Petrobras e BR Distribuidora
A Petrobras é um investimento clássico, presente na carteira de grande parte dos investidores. Apesar da alta volatilidade nos preços do petróleo, a companhia é uma nova empresa se comparada há anos atrás, segundo analistas, e pode continuar crescendo.
Na contramão de muita gente no mercado, Audi, da Cardinal, vê com bons olhos ações da BR Distribuidora. Audi discorda da tese corrente de que perdas de vantagens competitivas da empresa no setor. “A BR vai seguir desfrutando de vantagens muito fortes e competitivas, resumiria assim: uma história de um gigante adormecido que acordou“, diz.
A companhia, agora privada, está em franca implementação de melhorias operacionais e novas estratégias de negócios – diz o gestor. “A empresa tem uma capilaridade inigualável e, agora, flexibilidade para ir atrás dos melhores preços no exterior, não só comprando no Brasil, como era antes.”
Como avaliar se uma ação está barata
É comum que investidores de primeira viagem queiram comprar ações de empresas muito comentadas nas redes sociais, mas é preciso analisar a fundo o preço e a qualidade dos papéis antes de tomar decisões.
Mais do que o preço da ação, a maior preocupação de investidores na hora de comprar um papel deve ser a qualidade da companhia, ainda mais em um mercado em que entram novas empresas a cada mês. “É muito importante que o investidor que está começando entenda por que a ação está barata”, diz Villegas, da Genial.
Se o papel está com desconto, é porque o risco de investir nele é alto. Se é arriscado porque o futuro do setor é pouco previsível no curto prazo, é um bom motivo para comprar, pensando em um investidor que foca no longo prazo.
Mas se é arriscado porque aquela ação tem pouca liquidez, ou seja, é muito difícil de encontrar vendedores na outra ponta, ou porque o setor deve se transformar de forma definitiva, o pequeno investidor deve tomar mais cuidado.
“Principalmente o setor aéreo vai passar por sérias mudanças, por transformação muito maior do que demais setores. É um setor que a gente recomenda evitar“, diz Villegas.
Uma medida utilizada para avaliar se uma ação na bolsa está cara ou não é observar o múltiplo preço sobre lucro (P/L) da empresa. Ele compara o valor de mercado da companhia com o respectivo lucro projetado para 2020. Caso todo o lucro fosse distribuído aos acionistas, o P/L representaria o número de anos que o investidor teria restituído o valor pago pelas ações.
Em tese, quando o preço sobre lucro ultrapassa a média mais um desvio-padrão, é hora de vender. Já quando o múltiplo está abaixo da média mais um desvio-padrão, é hora de comprar. Também dá para comparar o P/L entre empresas concorrentes.
Há também outros indicadores clássicos, como os múltiplos preço sobre valor patrimonial da ação (P/VPA) ou o valor de uma empresa sobre a geração de caixa (EV/Ebitda).
As equipes de análises das plataformas de investimentos e das casas de análises independentes fazem essas contas. É importante que investidores leiam esses materiais e confiem nos profissionais que fazem essas recomendações. Além disso, para conseguir um preço médio, é bom comprar a mesma ação aos poucos, em vez de comprar tudo de uma vez. É a mesma dica que serve para comprar dólar antes de viajar.
E é hora de vender a ação quando ela chegou no seu preço-alvo, ou seja, no preço que o papel deve alcançar em um determinado período de tempo, segundos os analistas, que geralmente é até o fim do ano ou 12 meses.
Fonte: Valor Investe