Na quinta-feira, 3 de julho de 2025, os mercados brasileiros deram show: o dólar comercial fechou em R$ 5,405, recuando 0,29%, e chegou ao menor nível desde junho de 2024. Já o Ibovespa teve um dia histórico — alcançou 140.928 pontos, batendo um recorde intradiário, com picos acima de 141 mil
Por que o dólar caiu?
- Desvalorização acumulada: A moeda americana já recuou mais de 12% em relação ao real no ano.
- Força do real: Apoiada por dados robustos da economia brasileira, alta de commodities e maior apetite ao risco.
- Contexto externo positivo: Relatório de empregos nos EUA veio melhor do que o esperado — taxa de desemprego em 4,1% em junho e criação de empregos acima da estimativa — o que aliviou a pressão sobre o dólar.
Por que a Bolsa subiu tanto?
- Renda variável em evidência: O Ibovespa valorizou 1,35%, refletindo o otimismo com o dólar mais fraco e os dados dos EUA.
- Empresas no radar: Destaque para:
- Embraer (EMBR3): +3,92% após balanço com entregas acima do esperado.
- CSN (CSNA3): +3,76%, puxada pelo preço do minério.
- São Martinho (SMTO3): +3,75%.
- Setores em pressão: Ambev, BRF e MRV recuaram, penalizadas por fusões e eventos específicos.
Mas atenção: nem tudo são flores
Segundo o CEO da Auda Capital, Pedro Da Matta, apesar da alta acentuada, “ruídos políticos e fiscais, como a judicialização do IOF e a instabilidade no Congresso, continuam pressionando o ambiente de crédito” .
Contexto global
Os dados de emprego dos EUA reforçam uma trajetória positiva para o real e risco mais ameno no mercado — melhor cenário para emergentes, com menor pressão por dólares e mais liquidez fluindo para o Brasil.
Insights para o investidor
Tema | O que isso indica |
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Câmbio | Com dólar em queda, importados ficam mais baratos; ótimo momento para quem investe no exterior ou em setores sensíveis ao câmbio |
Bolsa | Fluxo de capital e resultados corporativos impulsionam ações — ideal para quem busca oportunidades com risco moderado |
Riscos | Ruídos fiscais e riscos políticos lembram a importância de diversificação e acompanhamento constante |
Macro global | Boas notícias nos EUA alavancam o humor global para ativos emergentes |
Conclusão
O dia 3 de julho provou que o mercado está vibrante — câmbio em queda, Bolsa em disparada e ambiente global colaborativo. Mas os desafios internos ainda requerem atenção. Para quem busca oportunidades, o momento pede estratégia bem embasada e diversificação.